Curitiba vivencia uma noite de misticismo e poder com Batushka

Paradise in Flames e Hokmoth aqueceram o público antes do ritual sombrio no CWB Hall

Na última quinta-feira, 8 de agosto, Curitiba foi palco de um dos maiores expoentes do Black Metal contemporâneo: o Batushka. O concerto, realizado no CWB Hall, atraiu um público entusiasmado e entregou uma noite inesquecível, marcada por uma cerimônia sombria e profana que ficará gravada na memória dos presentes.

A abertura ficou por conta da banda curitibana Hokmoth, que subiu ao palco por volta das 19h50, com um leve atraso (o show estava marcado para 19h30). Embora o setlist tenha sido conciso e o show menos intenso comparado às demais atrações, a recepção calorosa dos fãs já familiarizados com o som da banda garantiu uma boa energia inicial para o evento.

Na sequência, o palco foi tomado pela mineira Paradise in Flames, que apresentou um show poderoso e dinâmico, conquistando o público com sua presença marcante. A nova vocalista, Nienna Ni, brilhou em sua segunda performance com a banda, equilibrando o peso instrumental com seus vocais líricos, criando uma fusão única de agressividade e melodia.

A expectativa aumentou conforme o ambiente se transformava para a atração principal. O público, ansioso, participou ativamente, vibrando enquanto a equipe montava os cenários e hasteava a bandeira do Batushka. Quando tudo estava pronto, a atmosfera foi tomada pelo aroma de incenso e pela luz de velas e candelabros, imergindo a plateia em uma aura de espiritualidade e trevas.

Pontualmente às 22h, o Batushka iniciou seu ritual. Mais do que um show, o concerto foi uma experiência mística. O cenário, composto por ícones religiosos, candelabros e uma iluminação baixa em tons de vermelho, criou uma verdadeira missa negra. A combinação de elementos visuais e sonoros transportou o público para uma liturgia sombria e envolvente.

Com uma execução técnica impecável, os poloneses entregaram uma performance de metal extremo altamente refinada, mantendo a plateia hipnotizada do início ao fim. Os fãs mais devotos, imersos na experiência, cantaram junto em antigas línguas litúrgicas algumas partes das canções da banda, demonstrando sua profunda conexão com o som apresentado.

A sonoridade densa e o visual ritualístico, somados ao cenário misterioso e macabro, fizeram do show uma experiência quase palpável. Foi uma noite que ofereceu uma imersão completa em um universo em que escuridão e espiritualidade se entrelaçaram em uma celebração profana.

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Texto por: Danilo “Wolf” Fogaça
Fotos por: Arianne Cordeiro